sexta-feira, 3 de junho de 2011

jar of hearts.

Ah, como seria fácil escrever só um refrão. Inspirado na lenda do pote de corações, que todas as emoções dos apaixonados perdidos estivessem resumidas e respondidas. E como é desejado por mim, pescador que usa rede antiga, sandálias e bermuda mal cortada, que ele englobasse todo o mar existente em nossa volta. Somos feitos de carne, de ossos e de sonhos. Somos feitos de vontade e essência. Nossos planos, nossas vidas, nossos caminhos desenhados ali, num refrãozinho que seria cantado por um perdido marinheiro num canto costeiro de qualquer ilha presente lá pro lado do Caribe, onde tem Sol (o mesmo que queima a minha pele e a doura, dando-me um ar de guerreiro) e chuva de amores o ano inteiro e a areia é branca como o vestido da noiva que espera por mim no altar, na minha profunda 'oníricidade'.
Ah, como seria honroso, escrever poucas linhas. Mas o mar que falo, se enquadraria num refrão só. De três lindos e pequenos versos, que ao chegar nos ouvidos das donzelas, as fizessem seduzidas e que afogasse-as num mar de desejos de um mundo de amor e carinho, ao lado do seu príncipe encantado. De um mar encantado, igual a história da Pequena Sereia, onde peixes coloridos, crustáceos falantes, o bem, o mal e seres místicos estivessem misturados. Onde os beijos e canções impossíveis fossem realidade e acontecessem na velocidade da luz, mas com ar de eternos. Um refrão pequeno de tamanho e grande de conteúdo, que possuísse um mar de lutas, um mar vermelho, um mar que fosse feito de lágrimas de dor, sofrimento, alegria e harmonia.
Ah, seria tão prazeroso. Um refrão que representa um mar de boas vibrações. De bons ventos, de boas navegações e de pequenos navios repletos de piratas bêbados em barris de rum. Um mar de luxúria. De mordidas apaixonadas e beijos ardentes. Do toque dos amantes proibidos, do chegar por trás, da surpresa mais carnal. Dos arranhões esperados, do calor no convés, da dança colada na proa. Um mar de esperanças. Da espera de um cais de porto, de terra firme. De olhos brilhantes e pernas bambas. De sorrisos que tivessem mais luz que o Sol. Que tivesse próximo de garotos de areia que achassem garrafas com mensagens de perseverança. E ah, como eu queria estar navegando em um mar destes, igual ao do meu refrão. Eu só procuraria o meu pote de corações para achar as respostas de um amor tão impossível. Pote este que eu acabaria com toda a angústia e dor que está presente em meu peito, toda a ansiedade por um abraço, todo o desejo por um beijo. Um pote pequeno de tamanho e grande de conteúdo, igual ao meu refrão.

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